Moscou atrai turistas interessados no outro lado da história soviética

Quem visita Moscou pode sentir em toda a cidade a história soviética e a de outros períodos, já que é possível ver, ouvir e tocar marcos importantes da memória do país. Fundada em 1147, a capital do maior país do mundo abriga construções antigas e museus.

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A principal marca da cidade é o Kremlin (fortaleza, em russo), erguido em 1156 e que, desde 1917, serve de sede do governo -primeiramente, da União Soviética, e depois, da Rússia. É de lá que o presidente Vladimir Putin comanda o país. O espaço é aberto ao público.

O Kremlin fica logo ao lado da Praça Vermelha, que tem o Mausoléu de Lênin, a Catedral de São Basílio, o Museu Estatal de História e o GUM (um dos shoppings mais luxuosos do mundo). Como é comum a praça abrigar pista de patinação, shows e desfiles, esteja preparado para que a vista de todo lugar não ser a melhor possível.

É no Mausoléu de Lênin que está o corpo embalsamado do ex-mandatário soviético, morto em 1924. As filas para entrar são longas, mas andam rápido: dentro do prédio o turista precisa ficar em movimento. Não é permitido tirar foto, rir ou parar no edifício, que tem entrada gratuita.

Um dos principais cartões postais da Rússia, a Catedral de São Basílio funciona mais como um museu religioso do que como um local de oração. Construído em 1561, a mando do tsar Ivan, o Terrível, o prédio de corredores labirínticos tem ícones típicos do cristianismo ortodoxo e exposição de objetos tradicionais.

Se a ideia é ver o momento de oração dos nativos, há na Praça Vermelha a Catedral de Kazan (construída em 1625, destruída em 1936 e reconstruída em 1993), assim como muitas outras espalhadas pela cidade.

MUSEUS

O povo russo se orgulha bastante de sua cultura, o que explica as várias casas-museus. O turista pode visitar na capital, por exemplo, as antigas residências do poeta e romancista Alexandre Pushkin (1799-1837), da poetisa e tradutora Marina Tsvetaieva (1892-1941) e do compositor Piotr Tchaikovski (1840-1893), entre muitas outras personalidades.

Em Moscou, o escritor Liev Tolstói (1828 a 1910) tem dois museus que o homenageiam: um que se dedica a sua produção literária e outro que foi sua casa durante 19 invernos. Foi nesse lugar que ele escreveu “Ressurreição”, um de seus clássicos.

Lá, é possível ver como o romancista vivia com sua esposa e seus inúmeros filhos. Com mobília, utensílios e roupas originais, todos os cômodos têm explicações em inglês e russo. As senhoras que fazem a segurança do museu são bastante solícitas, mas praticamente não entendem nada em qualquer idioma que não seja o russo.

Outro lugar que merece a visita é a Biblioteca Estatal da Rússia, mais conhecida por Biblioteca Lênin (há uma grande estátua do líder comunista em frente), com um dos três maiores acervos do mundo. Num primeiro momento, o acesso ao interior do prédio parece burocrático, mas a simpatia (caso você não fale russo) ajuda na comunicação com os funcionários.

Antes de mais nada, é preciso pegar o crachá de visitante, numa sala à direita da grande porta de entrada, e depois deixar roupas e mochilas/bolsas na chapelaria.

A longa escada que une o térreo ao andar superior deixa o ambiente imenso. Lá dentro, vale ser curioso e ver o que tem atrás das portas, sempre fechadas. Você pode encontrar salões cheios de pessoas, uma sala de leitura com a estátua em bronze de Lênin ou pequenos espaços com livros.

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Aviso aos passageiros 1: Visitar o país fica mais fácil se você souber pelo menos as letras do alfabeto cirílico. Aqui, é possível conhecer as letras e também um pouco da cultura russa.

Aviso aos passageiros 2: Para a Copa do Mundo, a Folha hospedou o blog Priviet, Rússia, com muita informação sobre o país-sede, como pratos típicos e aplicativos úteis.